20. Montes de Paprika

Qualquer grande capital tem o seu mercado, e Budapeste não foge à regra. O edifício é charmoso e amplo, parece ter sido renovado.

Mercado - Budapeste, Hungria

O seu interior é constituído por dois andares e mais um piso subterrâneo.



No rés-do-chão estão os produtos típicos do dia-a-dia. Coisas para os húngaros: especiarias, legumes, fruta, enchidos, especiarias, pickles, etc.





No piso de cima, está a tralha para turistas. Nada de mais adequado para levarmos daqui umas lembranças. O Rui queria levar paprika (uma espécie de pimentão doce húngaro) e aqui a oferta era muita. Acabámos por cada um trazer um pouco.

Montes de paprika - Budapeste, Hungria

Fomos ao piso de cima à procura de ímanes. Geralmente não falha, é algo que trago de todos os sítios. É aquela lembrança que não fica cara e com a qual gosto de decorar o frigorífico. Cada vez que abro aquela porta recorda-me os locais por onde passei…



Ainda fomos ao piso subterrâneo comprar água no supermercado que lá havia. Nos corredores ainda passámos por várias lojas de pickles, é coisa que se deve gastar por aqui. E este pessoal é criativo, em alguns frascos os legumes estavam arrumados de modo a fazer smiles que se viam da parte fora… Um pouco sinistro... Outra curiosidade, a cena das águas. Por aqui a água gaseificada vende-se tanto ou mais que a água sem gás. De maneira que quando queremos a dita, é preciso ter cuidado se não ainda se traz litro e meio de água gaseificada. Ao fim de umas tentativas percebemos que são as cor-de-rosa que nos interessam.

Voltámos à superfície e já estava a soar a musiqueta do fecho do mercado. Num instante os lojistas fecharam as bancas, daí a pouco estávamos todos na rua. Estava a acabar a nossa longa volta pela capital, uns 14 quilómetros talvez. Fizemos o regresso pela rua Vaci, uma rua pedonal popular da cidade.

Rua Vaci - Budapeste, Hungria

Sortido húngaro - Budapeste, Hungria

Já no final desta parámos numa cervejaria moderna para matar a sede e dar um bocado de descanso às costas. Espaço catita com toque alternativo que servia também uns acepipes. Não demorámos muito por ali. Estava a entardecer e ainda tínhamos um bocado a pé até ao nosso apartamento. Já com o Sol baixinho chegámos ao quarteirão e achámos que seria melhor tratar de jantar antes de recolher. Encontrámos um sítio com ares de snack-bar numa rua meio apagada. Cá fora não se via grande coisa, ou pelo menos não dava para perceber o que era lá dentro. Quando entrámos demos com um restaurante com uma decoração informal e criativa com um toque vintage. Uma espécie de “dinner” americano, mas de inspiração europeia, se é que isso é possível. A ementa descrevia uma extensa lista de pratos de quase tudo. Desde hambúrgueres, a pizzas, a massas asiáticas, a pratos típicos, havia para todos os gostos. Todos com toque criativo de ingredientes ou misturas. Eu acabei por escolher uma massa vietnamita que estava deliciosa.

A paparoca do Miguel em primeiro plano - Budapeste, Hungria

O local devia ter algum sucesso junto da malta jovem que vimos chegando aos poucos. Espaço não faltava, a sala onde estávamos era de facto muito ampla… Excelente descoberta. Comida boa a preço razoável. Dali, foi directo para o apartamento que não estavam longe daquela rua…

Lá chegados, só nos apetecia tomar um banho. E foi o que fizemos. Enquanto um se metia debaixo do chuveiro, os outros carregavam fotos e falavam com a família. E fomos deitar-nos moídinhos mas satisfeitos. Apesar de um mau começo de dia, o tempo acabou por ficar a nosso favor, permitindo-nos cumprir rigorosamente à regra o percurso idealizado pelo Rui. Muito boa esta cidade!

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