14. Assalto ao castelo

Tínhamos guardado a tarde para a subida ao castelo. Uma subida curta, mas custosa dada a inclinação acentuada.

Castelo lá no topo - Liubliana, Eslovénia

Mas a vista lá de cima é fenomenal, vale bem o esforço!

Vista sobre a capital - Libuliana, Eslovénia
Ainda há pouco estávamos ali - Liubliana, Eslovénia

A entrada no castelo é livre, mas o acesso à torre e diversas exposições que lá se encontram é pago. Havia vagar, de modo que decidimos fazer o circuito completo e visitar tudo o que havia para ver.

Castelo de Liubliana - Liubliana, Eslovénia

O espaço do castelo está todo renovado e adaptado para o turista. Existe uma praça central com esplanada. Em redor desta, nas muralhas encontram-se as diversas salas com exposições a decorrer. 

Vista sobre a praça do castelo - Liubliana, Eslovénia

Corremos aquilo tudo e ainda subimos à torre para tirar umas sacanas de umas fotos jeitosas!

No topo de torre de vigia (Rui, Daniel e Miguel) - Liubliana, Eslovénia

Os temas das exposições são variados: desde arqueologia, a história e a fotografia. As salas estão bem arrumadas e existe sempre controlo de acesso à entrada.

Uma das várias exposições (Daniel e Miguel) - Liubliana, Eslovénia

Para descer, fomos espreitar o funicular (que também serve para subir, claro), mas pareceu-nos que o custo não estava adequado à distância, e como a descer todos os santos ajudam, descemos pelo nosso pé.



Ainda desviámos pelo centro para comprar uns “recuerdos”. Encontrámos uma eslovena numa banca que falava um português perfeito. Estudante de línguas na faculdade da capital, vendia por ali umas lembranças para ajudar às despesas dos estudos. Não conseguimos resistir à simpatia da miúda, aos seus olhos azuis e ao seu sorriso caloroso, comprámos-lhe uma catrefada de ímanes daqueles de pendurar no frigorífico.


Imagem da cidade (Dragão de Liubliana) - Liubliana, Eslovénia

Devo dizer aqui que Liubliana ficou um pouco aquém das minhas expectativas, que talvez fossem muito altas. Não que não valha pena, antes pelo contrário, mas para a sua pequena dimensão (menos de metade da população de Lisboa) pareceu-me demasiado formatada ao turismo. Fazem falta os bairros históricos genuínos e sem grandes floreados, as lojas típicas do dia-a-dia, não necessariamente para o turista, e ver as verdadeiras feições das pessoas que aqui vivem. Em suma, ver o que esta gente faz, como se divertem e convivem uns com os outros. Não digo que não se consiga ver, mas está seguramente ofuscado pelo forte aproveitamento comercial.

Entretanto o tempo tinha começado a fechar e estávamos por esta altura a levar com umas pingas na testa. Vestimos os impermeáveis e toca de ir à procura do caminho de regresso ao Hotel. Felizmente foi chuva de pouca dura e quando chegámos ao Hotel já íamos encalorados e com os impermeáveis à cintura. Bom, e estava tudo como tínhamos deixado. Motas acorrentadas no mesmo sítio, e no quarto o armário bem trancado. Todos os nossos pertences intactos. Menos mal… E já a esta pequena distância, a história do dia anterior começava a provocar mais graça que desconforto… Ainda assim, estava fora de questão ir jantar lá abaixo. Pesquisámos um bocado o que havia em redor e o Barradas desencantou um italiano não muito longe dali… Pizzas outra vez, Sr. Barradas???... Bom, vamos nessa!

O problema é que as referências do Google Maps nalguns casos não são grande coisa. De maneira que no cruzamento onde deveria estar o restaurante, não estava bodega nenhuma… Achámos que estaríamos no local errado ou que eventualmente a coisa já teria fechado portas. Seguimos um 100 metros pela avenida e ei-lo!… Afinal está aqui!

A casa tinha um ar “à antiga”, correcto, mas nada de excepcional. As mesas estavam esparsamente distribuídas por uma sala ampla. Sentámo-nos numa lateral, sendo que num dos cantos já estava um grupo de Eslovenas trintonas a jantar. E de resto mais nada, apenas mais dois ou três indivíduos na esplanada exterior. Muito calmo por aqui.

A ementa - Liubliana, Eslovénia

A comida era boa, tudo o que veio para mesa estava muito do nosso agrado. Mesmo assim não consegui acabar a minha massa, devido ao exagero na quantidade e ao facto daquela mistura de tomate com natas enjoar um bom bocado.

Já um bocadinho cansados (Daniel e Miguel) - Liubliana, Eslovénia

As moças à nossa frente estavam bem-dispostas e lá iam fazendo um barulho moderado entre elas. De vez em quando uma delas, curiosa, espreitava-nos discretamente. Foi coisa que aconteceu muitas vezes na viagem. As nossas feições denunciam-nos. Percebem que não somos de cá. O pessoal fica geralmente intrigado e fita-nos directamente. É outra coisa que aqui se nota, não há qualquer vergonha em estabelecer contacto visual. Especialmente as miúdas, que nos olham directamente nos olhos sem desviar o olhar. Não há aqui segundas intenções, é cultural. As pessoas não fingem que não estão a olhar, olham olhos nos olhos.

Ficámos cheios que nem uns ovos. Ainda bem que havia ainda um quarto-de-hora a pé de regresso, o ideal para desmoer. Já estava de noite quando chegámos ao Hotel. Fizemos questão de subir discretamente ao quarto, de modo a que ninguém desse pela nossa presença no restaurante. Hoje íamos dormir mais descansados. E ainda bem, amanhã despedíamo-nos da Eslovénia e ainda seriam uns valentes quilómetros até à próxima capital.

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