10. Típica gastronomia eslovena

Parámos finalmente numa aldeola para almoçar, e aqui tenho de abordar o estranho fenómeno de que nos apercebemos: em termos de oferta gastronómica, parecia que não tínhamos saído de Itália… Pois… A quantidade de pizzarias que por aqui existe é impressionante, vide anormal… Tudo bem, OK, a proximidade e tal, mas bolas… É um exagero!... Quem gostar de enfardar massas e pão com molho de tomate, aqui está em casa.

O restaurante era também uma pousada (gostilna em esloveno) e até tinha um ar catita, uma espécie de chalé de montanha rematado a madeira.

Paragem para almoço - Eslovénia

Havia uma espécie de alpendre com acolhedoras mesas e cadeiras de madeira. Decidimos ficar ali, a mirar as motos que estavam logo ali encostadas.

A empregada, lourinha e pequena arranhava muito mal o inglês. Mesmo assim o suficiente para nos fazermos entender.

Cerveja servida a meio-litro - Eslovénia

Mandámos vir três pizzas, e provavelmente teriam chegado duas. O tamanho era muito generoso e estavam bem guarnecidas. Eu não consegui acabar a minha.

Tradicional comida eslovena (Daniel) - Eslovénia

O tempo tinha virado um pouco e o céu estava a começar a ficar carregado. Pouco tempo depois de termos voltado à estrada tivemos de fazer uma paragem estratégica para vestir impermeáveis. Foi nessa altura que o Barradas puxa de um impermeável num amarelo fluorescente formidável. Com o capacete a condizer, o homem confundia-se com o farol do Cabo Raso, o que não é necessariamente mau… Visibilidade acima de tudo, e o Barradas tinha ali muita!

Prontos para a chuva (Rui e Miguel) - Eslovénia

Estava planeado à nossa frente um bocado de fora de estrada até à beira de Bled. Estávamos com dúvidas se aquilo estaria em condições. Segui à frente com cautela… Nada a assinalar, estava mais que bom… Um estradão de piso relativamente direito, com algumas poças da chuva que se evitavam facilmente. Nalguns locais só faltava mesmo o alcatrão pois os rails de protecção já lá estavam. Fizemos duas paragens neste troço. A primeira junto a uma bifurcação no meio do arvoredo para bater umas chapas.

Trio Odemira (Daniel, Miguel e Rui) - Parque Nacional de Triglav, Eslovénia
Explorando a floresta eslovena - Parque Nacional de Triglav, Eslovénia

A segunda junto às ruínas de Radovna ficando o apontamento histórico de seguida.

Srednja Radovna era uma pequena aldeia situada no vale do rio com o mesmo nome. A 29 de Setembro de 1944, os seus habitantes foram fechados nas suas casas, e de seguida as mesmas incendiadas pelas tropas nazis.

Junto às ruínas de Radovna - Parque Nacional de Triglav, Eslovénia

No total 24 pessoas morreram (com idades entre os 7 meses e 81 anos) e 12 casas foram queimadas, sendo que actualmente apenas resta a ruína de uma. Reza a história que terá sido a retaliação pelo rapto de dois soldados alemães ocorrido ali pela mão dos partisans (tropa irregular de resistência à ocupação). Foram dados 8 dias para que fossem libertados os soldados, tal não veio a acontecer e logo o trágico destino.

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