8. É prá Gorica

E mais auto-estrada… Seria assim até ao fim do dia. Pelo tempo ser curto, excluímos a paragem em Veneza, o que é pena… Passámos mesmo ao lado… Fica para a próxima.

Durante o caminho fomos sempre fazendo “grandes festas” aos camiões de matrícula portuguesa que encontrávamos… É já um hábito que eu e o Barradas temos, vem-nos sempre ao de cima este solidário orgulho luso ao ver um compatriota! Espreitamos a matrícula do reboque do TIR, e se for “tuga”, quando passamos por ele é cumprimenta-lo com buzina e de braço no ar. Geralmente percebem e retribuem o cumprimento batendo máximos.

À medida que nos aproximávamos do extremo de Itália, deixámos de ver camiões portugueses. Em vez disso TIRs eslovenos, húngaros e polacos com fartura.

Pausa na estação de serviço (Rui) - Itália
São Pedro até aqui tinha sido nosso amigo, mas mais adiante na direcção que seguíamos a coisa prometia alguma chuva… Os últimos quilómetros de auto-estrada foram feitos já com o piso bem molhado. Dali é um pulo até Nova Gorica, que fica já do lado esloveno.


Tinha chovido bem por ali e ainda estavam a cair duas ou três pingas, pouca coisa. Passámos pela estação de serviço do sítio para abastecer e saímos dali até à Guest House onde estava feita a reserva. Tudo muito verdinho, incrivelmente denso e verde. Não demorámos a dar com o local, o GPS levou-nos lá direitinho. Uma casa ampla com restaurante no piso térreo e acesso aos quartos na porta ao lado. Fomos atendido por um jovem que se desenrascava tão bem quanto nós no inglês. A dona da casa é que estava difícil, só arranhava ali duas ou três palavras. O marido dela, pior ainda, nem a ponta de um caracol!

Levámos as motas para as traseiras da casa, onde ficariam mais resguardadas.

A casa ficava um pouco isolada, decidimos então jantar por ali. Não sem antes descarregar a tralha no quarto no piso superior. A propósito, boas acomodações, tudo feito de novo, com aspecto moderno.

O jovem que nos tinha recebido assegurava o serviço no restaurante e seguimos a sugestão dele para o repasto. Uma espécie de lombo de porco com legumes, tudo feito com produtos locais, dizia-nos ele.

Veio também uma salada, ou melhor, uma senhora salada que quanto a mim, por si só dispensava o acompanhamento da carne… Sentimo-nos ali uns lordes… E bem que merecíamos depois de ter alancado com tantos quilómetros!

O porco esloveno no prato (Miguel, Daniel e Rui) - Nova Gorica, Eslovénia
Bem jantados, com sobremesa ao nível (um saboroso tiramisù) recolhemos aos aposentos…

O primeiro de muitos tiramisùs (Rui e Miguel) - Nova Gorica, Eslovénia
O Rui e o Miguel acharam ainda por bem sair à rua para tirar umas fotos mais adiante. Eu fiquei-me por ali e fui tomar uma banhóca que bem precisava. Cerca de uma hora depois já estávamos todos enfiados nas camas à procura de descanso.

0 comentários:

Enviar um comentário