O nosso camarote era acanhado mas suficiente, com três camas sendo duas de beliche. A casa de banho era toda revestida a plástico (ainda assim totalmente funcional) e tínhamos uma escotilha com vista para o mar.
Largámos a tralha (o essencial, o resto ficou lá em baixo trancado nas malas das motas) e fomos conhecer o navio. Tínhamos acesso livre a uns dois pisos do barco, mais a cobertura.
Explorando o interior do navio (Daniel e Miguel) - ferry Barcelona/Espanha |
Na popa, que é como quem diz na cauda do barco estava a tal piscina interior desactivada. Em redor desta estava um bar que para além de bebidas vendia umas coisitas pequenas para comer.
Daqui chegava-se ao deck exterior e deste à cobertura.
Estivemos um bocadinho ao ar a apreciar a boa temperatura, mas naquela ponta do barco ouve-se demasiado o zoar dos motores. A máquina ia a queimar bem, deslocando-se normalmente abaixo dos 40 quilómetros por hora.
Proibição de mergulhar para a piscina - ferry Barcelona/Génova |
Barcelona ao fundo - ferry Barcelona/Génova |
No exterior do barco (Rui, Daniel e Miguel) - ferry Barcelona/Génova |
Depois estivemos um bocado no bar a refrescar a garganta. Mas bolas, não dá para esticar muito que aqui as coisas custam uma fortuna…
Mais uma volta ao barco, mais uma voltinha no porão, e de novo no bar... Também não há muito mais que se possa fazer por aqui. Para ajudar à festa o barril de cerveja tinha acabado.
Navegando com a costa à vista - ferry Barcelona/Génova |
Estava um gelo do cacete naquele restaurante, de modo que não demorámos muito a sair dali. Mais uma volta ao barco e reparámos que tinham aberto a sala de espectáculos na proa. Estava pejada de marroquinos e lá também se anunciava um espectáculo de música ou dança árabe, mesmo a propósito. Fomos espreitar lá fora de novo, estava noite escura. Voltámos ao camarote e eu decidi logo por lá ficar até de manhã. O Rui e o Miguel ainda queriam ir espreitar a musiqueta marroquina… Mas não se demoraram muito.
Toca a dormir! Amanhã, se tudo correr bem, acordamos junto à costa para seguir a nossa viagem.
Muito antes de ser dia, acordei com o balançar do barco. Era noite cerrada e estávamos a atracar… Hmmm... “Olha, chegámos!” disse eu em voz alta. O Rui e o Miguel acordaram e verificaram o mesmo que eu.
O barco estava de facto a encostar ao cais… Mas a esta hora seria impossível ser Génova, nem mesmo se o comandante tivesse metido a sexta a fundo…
Ainda hoje estamos para saber o motivo desta misteriosa acostagem...
Bem, vamos lá mas é dormir mais um bocado!
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