5. Todos a Bordo

Com 3 horas de caminho até Barcelona onde nos esperava o barco com saída à hora de almoço, tínhamos de rolar a bom ritmo. Dado que não servem almoço no navio, de véspera (em Saragoça) passámos por um supermercado para comprar alguns víveres para tratar da fome já a bordo. Daí também saiu um pequeno-almoço improvisado, numa área de serviço, naquele troço enorme de auto-estrada que vai de Saragoça a Barcelona.

Estacionamento para pequeno-almoço improvisado - entre Saragoça e Barcelona, Espanha
O tempo estava bem contadinho e por isso fomos a boa velocidade em direcção ao Mediterrâneo, mas sempre nos limites legais permitidos, claro.

Depois de uns valentes Euros pagos à saída da auto-estrada, precisamente pelas 11 horas e picos chegávamos ao porto de Barcelona… O caminho para o embarque não é óbvio, mas à segunda tentativa demos com ele. Depois é estacionar as motas junto às que já lá estão e ir à bilheteira buscar os bilhetes.

Aguardando pelo embarque (Rui e Daniel) - Barcelona, Espanha
Estou em querer, que lá para o meio-dia e tal começou o embarque, com as máquinas de duas rodas a embarcar primeiro.

O navio "Excellent" para a travessia - Barcelona, Espanha

Embarque, motas primeiro - Barcelona, Espanha
Lá dentro estavam dois ou três asiáticos (não cheguei a perceber de que parte do globo eram) a tratar de ancorar duas a três dezenas de motas alinhadas lado a lado e umas atrás das outras. O sistema aqui é diferente. No ferry que ruma para Marrocos, as motos são calçadas e fixas com uma generosa cinta que passa pelo banco. Aqui são presas umas às outras e fixas ao solo com pontos de ancoragem. 

Ancoragem das motas - Barcelona, Espanha
Eu fico sempre ralado com este processo, as máquinas estão perigosamente próximas e as cintas presas sabe-se lá como e de que maneira… Bem, deixemo-las por aqui e vamos conhecer os aposentos… A dada altura ponderámos fazer a viagem numas poltronas, fica mais em conta. Mas dado que a diferença não era muita para o camarote triplo optámos, felizmente, por este acréscimo de conforto! Não é que a coisa não se possa fazer em poltrona, se correr bem a travessia faz-se em meio-dia e uma noite.

Escapes gigantescos - ferry Barcelona/Génova
O real problema é que o barco que sai de Barcelona já vem de Tânger e mais de metade da lotação é de magrebinos. Deve ser uma opção em conta para os que pretendem regressar a Itália e arredores e, claro está, a maioria vai de poltrona. E obviamente não há sossego nenhum, ao ponto de ser ver nos corredores uns quantos deitados no chão.

Corredores de acesso aos camarotes - ferry Barcelona/Génova

O barco era italiano, deveria ter uns 20 anos e tinha uma dimensão aceitável. Estava equipado com várias salas, bares, ginásio, sala de jogos, discoteca e até uma piscina pequena desactivada à popa.

Um dos espaços fechados - ferry Barcelona/Génova
O único bar em funcionamento estava junto à piscina, tudo o resto estava fechado. Dava ideia que a barcola teria sido reaproveitada de um antigo circuito de cruzeiro.

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